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Projeto "Tartaruga Marinha"

 

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O Projeto "Tartaruga Marinha" não conseguiria chegar a lugar algum sem a ajuda das comunidades litorâneas e de todos os que se importam com a natureza. A sobrevivência das Tartarugas Marinhas e dos ambientes dos quais elas dependem precisa do apoio de toda a sociedade.

 

 

 

Projeto "Tartaruga Marinha"

 

A campanha de preservação da Zona Costeira da SOS Praias iniciará as suas atividades nas escolas das Redes Municipais e Estaduais da Região do Vale do Itajaí, Florianópolis e na Costa Esmeralda. Um dos focos principais das atividades é o bem-estar das Tartarugas Marinhas, da Mata Atlântica e do seu rico Bioma. As atividades são permanentes e se intensificam a medida que as verbas sejam suficientes para a produção de materiais gráficos e manutenção das atividades.

 

O objetivo principal do trabalho é garantir a biodiversidade marinha local, além de trabalhar junto a comunidade para que esta tome conhecimento da existência da grande população de tartarugas que moram e se alimentam nas praias da região, e da suas necessidades enquanto espécies.

 

Para atingir a meta, o movimento conta com o apoio de profissionais que dedicam parte de seu tempo em atividades voluntárias, tais como surfistas, oceanógrafos, entre outros profissionais que dão palestras informativas em escolas públicas e particulares, associações comunitárias, e empresas privadas.

 

As atividades sócio-cultural e o plano ambiental da campanha é desenvolvido por voluntários que atuam na área.

 

Também procuramos apoio junto aos profissionais da Fundação de Meio Ambiente dos municípios visinhos.

 

O QUE DEVEMOS FAZER COM AS TARTARUGAS MORTAS

 

Devemos estar atentos, uma vez que tem aumentado o número de animais mortos nas praias da nossa região.

 

Quando encontramos tartarugas mortas na praia, devemos encaminhá-las às entidades da região, tais como a Univali e Tamar, para a realização de autópsia.

 

O objetivo é saber se o animal foi morto afogado, asfixiado pela ingestão de plásticos vindos das praias e dos rios (elas costumam confundir sacolas plásticas de supermercados com algas marinhas – comem e morrem sem ar), vítimas de redes de pesca, doenças, entre outras causas.

 

Saiba mais sobre os trabalhos sociais que desenvolvo.

 

Há mais de 20 anos participo em atividades sociais. Uma das minhas lutas é em prol da Mata atlântica e seu Bioma. Em minhas atividades incluem limpeza de praias, proteção às Tartarugas Marinhas e demais espécies do litoral brasileiro. Atualmente estou em Santa Catarina e ajudo na coordenação do Movimento SOS Praia Grossa, ameaçada pela construção de mais um condomínio e hotel em área de Mata Atlântica.

 

AÇÕES QUE SÃO EXEMPLOS

 

Devemos implantar o modelo que deu certo em outras cidades e em outros projetos. É o ‘Surfista Sentinela’, onde cada esportista e simpatizante das Tartarugas Marinhas participará de forma ativa da campanha através da fiscalização das praias. Os surfistas, por exemplo, freqüentam os locais onde a tartaruga se alimenta. A idéia é que todos sejam instruídos através das palestras da campanha e das apresentações dos profissionais voluntários para saber como proceder quando aparece um animal vivo ou morto na praia, além de fiscalizar a limpeza da orla e dar dicas sobre educação ambiental a veranistas e moradores na temporada.

 

Os interessados em participar de forma ativa no projeto ou de patrocinar a campanha podem entrar em contato conosco.

(47)8417-1770 | (47)9606-2062 | 4108-0660

sospraias@hotmail.com

 

 

Pesca comercial já matou milhões de tartarugas marinhas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesquisa indica que pelo menos 85 mil animais tenham sido mortos nos últimos 20 anos por 1% de todas as frotas pesqueiras do mundo. A estimativa é que esse número tenha ao menos mais duas casas decimais

 

 

 

 

 

REDAÇÃO

 

 

 

O número de tartarugas marinhas aprisionadas por engano pelas redes da indústria da pesca nos últimos 20 anos pode ter chegado a milhões, de acordo com o primeiro estudo que reúne dados de captura acidental desses animais no mundo inteiro.

 

O estudo, que foi publicado nesta terça-feira (6) na Conservation Letters, analisou informações de documentos, relatórios governamentais e técnicos, simpósios e trabalhos publicados entre 1990 e 2008. Os dados foram baseados em observações a bordo ou entrevistas com pescadores. O estudo não inclui dados da pesca recreativa.

"A captura secundária (ou por engano) é a ameaça mais grave às populações de tartarugas marinhas do mundo. Muitos animais morrem ou são feridos quando entram em contato com os equipamentos de pesca", diz Bryan Wallace, autor do trabalho. "Observações a bordo e entrevistas com pescadores indicam que cerca de 85 mil tartarugas foram capturadas entre 1990 e 2008.

 

 

 

turtlewatch.net
As tartarugas marinhas estão morrendo por engano

 

 

Como estes relatórios cobrem menos de 1% de todas as frotas do mundo, com pouca ou nenhuma informação da pesca em pequena escala ao redor do mundo, temos uma estimativa conservadora de que, na verdade, o número total de animais capturados seja duas ordens de grandeza maior", diz Wallace. Ou seja, pode chegar a milhões.

Wallace faz parte do Sea Turtle Flagship Program da Conservation International e professor da Duke University, nos Estados Unidos. A maioria dos co-autores do trabalho são pesquisadores do Duke's Center for Marine Conservation.

Os dados do estudo revelaram que grande parte das capturas de tartatugas por pesca de espinhel aconteceu na parte de fora da região da Baja Califórnia. Já a maioria das tartarugas presas por rede se deu no norte do Mar Adriático, na região mediterrânea, e as maiores taxas para redes de arrasto, na costa do Uruguai.

Ao combinar as taxas de captura para todas esses tipos de pesca, quatro regiões aparecem como as mais preocupantes: Leste do Pacífico, Mediterrâneo, Sudoeste e Noroeste do Atlântico. Apesar de serem apenas estimativas, os números evidenciam a importância de dar orientações aos pescadores quanto ao uso dos equipamentos de pesca e de práticas que possam ajudar a reduzir essas perdas.

 

 
Saiba mais sobre meio ambiente e espécies marinhas
 

 

 

 

SAIBA MAIS

 

 

 

 

 

Algumas das medidas eficazes para reduzir a morte desnecessária dessas tartarugas incluem o uso de anzóis circulares e isca de peixe na pesca de espinhel, e Turtle Excluder Devices (TEDs – dispositivos de exclusão de tartaruga, na tradução literal) na pesca de arrasto. Grande parte dos dispositivos foram desenvolvidos pelos próprios pescadores.

 

 

Segundo o autor do trabalho, a pesca de espinhel no Havaí e de camarão no Brasil tiveram a captura de tartarugas reduzida por meio de um trabalho entre gestores ambientais e pescadores, além de observadores a bordo, mudança de equipamentos obrigatórios e a introdução de inovações tecnológicas. Outro mecanismo que tem ajudado os pescadores a evitar a pesca em áreas cheias de tartarugas é o TurtleWatch, um banco de dados em tempo real que provê atualização diária da temperatura da água e outras condições que possam indicar onde esses animais são encontrados

 

 

+ SAIBA MAIS

 

1 – Das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo, cinco ocorrem no Brasil e todas estão ameaçadas de extinção.

 

2 – A tartaruga verde pode chegar a superar os 100 anos de idade e têm como principal causa de morte a ingestão de plástico, afogamento acidental em redes de pesca industriais e artesanais e a caça ilegal.

 

3 – A espécie se alimenta no sul do país até alcançar a maturidade reprodutiva, quando migra para desovar nas praias inabitadas do norte brasileiro.

 

4 – As tartarugas verdes podem ser vistas na Praia Grossa,  Costão dos Náufragos, no porto das Canoas, na Praia do Tabuleiro, na Praia de Pedras Brancas e Negras, e noutras praias da região.

 

 

AQUECIMENTO GLOBAL

 

Aquecimento Global As alterações climáticas representam hoje uma das maiores ameaças à diversidade de vida no planeta, juntamente com a destruição de habitats, poluição e proliferação de espécies invasoras.

 

Considerando o comportamento e a biologia das tartarugas marinhas, é possível prever que as alterações climáticas vão afetar e até mesmo comprometer a sua sobrevivência.

 

Além das diversas outras ameaças já existentes, o aquecimento global pode causar inúmeras consequências para as tartarugas marinhas. É um perigo real, pois em um mundo que está esquentando, mais calor, como prevêem os cientistas, pode provocar tempestades mais fortes, aumentando a erosão das praias que as tartarugas usam para desovar.

 

Em sua caminhada para o mar, as tartarugas marinhas memorizam a localização das praias onde nasceram e retornam àquela área décadas mais tarde, quando adultas, para repetir o ritual de desova. Com o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar, essas praias podem desaparecer, forçando as tartarugas a buscar novas áreas de desova.

 

As tartarugas precisam viver em um mundo dominado pelos humanos. Buscar novas praias não é tão simples. Segundo dados de pesquisas realizadas até agora, pode demorar 10 mil anos ou mais para que uma nova área de desova se estabeleça.

 

Pessoas e tartarugas tendem a gostar das mesmas praias e podem coexistir. O problema é que as pessoas alteram as praias de maneira prejudicial às tartarugas, afetando-as quando, por exemplo, causam erosão ao removerem a vegetação que fixa as dunas imediatamente atrás das praias, para construir casas.

 

Para compensar e estabilizar a praia constróem estruturas de contenção com metal, pedras e concreto. Com o aumento previsível do mar – e tempestades mais fortes –, a praia não pode avançar naturalmente e diminui, por consequência, o espaço para as tartarugas desovarem.

 

Com a perda das áreas de desova e colonização de novos sítios, as populações podem ter seu estoque genético alterado. As tartarugas marinhas têm o sexo determinado em função da temperatura da areia onde acontece a incubação dos ovos. Temperatura pivotal é aquela em que machos e fêmeas são produzidos na proporção de um para um.

 

As tartarugas em geral possuem temperatura pivotal em torno de 29ºC a 30ºC. Acima deste patamar, nascem mais fêmeas e abaixo, mais machos. Um ligeiro aumento da temperatura, ainda que pareça pequeno e insignificante, poderá ser catastrófico para as tartarugas marinhas, influenciando diretamente na determinação do sexo dos filhotes e no desenvolvimento dos embriões, uma vez que temperaturas acima de 34ºC os tornam inviáveis. Para se manter uma população reprodutiva equilibrada e viável, a produção de machos deve acontecer pelo menos a cada cinco ou dez anos, segundo James Spotila, professor de Ciência Ambiental da Universidade Dextrel, na Filadélfia/EUA. Se isso começar a acontecer somente a cada 20 anos, devido ao aquecimento global, as tartarugas podem ser extintas, segundo o professor.

 

 

Ciclo de Vida

 

As tartarugas marinhas apresentam um ciclo de vida complexo, utilizando diferentes ambientes ao longo da vida, o que implica em mudança de hábitos. Embora sejam marinhas, utilizam o ambiente terrestre (praia) para desova, garantindo o local adequado à incubação dos ovos e o nascimento dos filhotes.

Ao nascerem, as tartaruguinhas rumam imediatamente para o alto-mar, onde atingem zonas de convergência de correntes que formam grandes aglomerados de algas (principalmente sargaços) e matéria orgânica flutuante. Nestas áreas, que formam um verdadeiro ecossistema, os filhotes encontram alimento e proteção – e assim permanecem, por vários anos, migrando passivamente pelo oceano.
 

 

 

Algumas espécies podem permanecer no ambiente pelágico por toda a vida, como a tartaruga de couro (Dermochelys  coriacea). Outras passam a fase juvenil em regiões costeiras ou insulares, alimentando-se de organismos bentônicos até atingir a maturação sexual.



Embora espécies como a tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea) atinjam a maturidade entre 11 e 16 anos, as demais só se tornam adultas entre os 20 e 30 anos. A partir daí, passam a viver em áreas de alimentação, de onde saem apenas na época da reprodução, quando migram para as praias onde nasceram.



A época de desova é regida principalmente pela temperatura, ocorrendo nos períodos mais quentes do ano. No litoral brasileiro, acontece entre setembro a abril, com variação entre as espécies. Nas ilhas oceânicas, entre dezembro a junho, registrando-se somente desovas da espécie verde (Chelonia mydas).



A seguir, as diversas etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas:
Acasalamento
Seleção das praias
Cama
Ninho e postura
Incubação
Nascimento
Sobrevivência

 

 

Acasalamento

 

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O acasalamento ocorre no oceano, em águas profundas ou costeiras, muitas vezes próximas às áreas de desova. Fêmea e macho se encontram e o namoro começa com algumas mordidas no pescoço e nos ombros. A cópula pode durar várias horas. Os machos, menores que as fêmeas, agarram-se a elas sobre o casco, utilizando as longas garras das nadadeiras anteriores e posteriores. Os machos brigam pela oportunidade da cópula, mas uma mesma fêmea pode ser fecundada por vários deles. A fecundação é interna.

 

 

Seleção das praias

 
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Para desovar, as fêmeas geralmente procuram praias desertas e normalmente esperam o anoitecer, pois o calor da areia, durante o dia, dificulta a postura. Além disso, a escuridão da noite as protege de vários perigos. As tartarugas escolhem um trecho da praia livre da ação das marés para construir a cama e o ninho. 

 

 

 

Cama

 

 

 

 

 

Com as nadadeiras anteriores, removem grande quantidade de areia, em uma espaço de aproximadamente dois metros de diâmetro. Esta área, onde a fêmea se aloja para iniciar a confecção do ninho, é chamada de cama. Elas podem fazer várias camas até encontrar o local mais adequado para fazer o ninho e colocar os ovos.

 

 

 

 

Ninho e postura

 

Feita a cama, constroem, com as nadadeiras posteriores, um buraco para o ninho com cerca de meio metro de profundidade. Esse comportamento de postura varia de acordo com a espécie em relação à profundidade do ninho. Dependendo da espécie, cada fêmea pode realizar de três a 13 desovas em uma mesma temporada de reprodução, com intervalos que variam entre nove e 21 dias. Os ovos são esféricos, do tamanho de uma bolinha de tênis de mesa, e têm casca calcária. Cada ninho contém, em média, 120 ovos.

 

 

Incubação

 

 

Depois da postura, a fêmea volta para o mar. O calor da areia é responsável pelo desenvolvimento dos embriões dentro dos ovos. A determinação do sexo dos filhotes depende da temperatura de incubação: temperaturas altas (acima de 30 ºC) produzem mais fêmeas; temperaturas mais baixas (abaixo de 29 ºC) produzem mais machos.

 

 

 

Nascimento

 

 

Os filhotes rompem os ovos e nascem após um período de incubação que varia entre 45 e 60 dias, dependendo do calor do sol. Em movimentos sincronizados, os filhotes emergem em conjunto, retirando a areia, até alcançarem a superfície do ninho e correrem em grupo, imediatamente, para o mar. A saída do ninho ocorre quase sempre à noite, estimulada pelo resfriamento da temperatura da areia. Nessa hora, são menores as chances de serem atacados por predadores. Eventualmente, num dia nublado ou chuvoso, pode ocorrer o nascimento durante o dia, por conta do resfriamento da areia. Para chegar ao mar, os filhotes se orientam pela luminosidade do horizonte.

 

 


A seguir, as diversas etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas: 

 

 

Sobrevivência

 

 

A única atitude das fêmeas para proteger os filhotes é a camuflagem do ninho, após a postura. As tartaruguinhas já nascem independentes, mesmo sendo tão pequenas e frágeis, medindo apenas entre 3,5cm e 4cm de comprimento de casco. Muitas são devoradas por siris, aves marinhas, polvos e principalmente peixes. Outras morrem de fome e doenças naturais. Estima-se que, de cada mil filhotes, apenas um ou dois atingem a idade adulta. Mas, quando isso acontece, poucos animais conseguem ameaçar as tartarugas, à exceção de tubarões, orcas - e o homem.

 

 

 

 

 

 

As diversas etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas: 

Ninho e postura

Incubação
Nascimento
Sobrevivência

 

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Ameaça de Extinção

 

 

As espécies ameaçadas de extinção, animais ou vegetais, são aquelas em risco de desaparecer, em um futuro próximo. Incontáveis espécies já se extinguiram nos últimos milhões de anos, devido a causas naturais, como mudanças climáticas, e incapacidade de adaptação a novas condições de sobrevivência.

 

Mas hoje o homem interfere decisivamente no processo natural de extinção de espécies, através de ações como, por exemplo, destruição dos habitats, exploração dos recursos naturais e introdução de espécies exóticas (vindas de outros locais). Essas e outras atitudes provocam declínio das espécies em taxas jamais observadas na história da humanidade.

 

As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios da lista brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Das cinco, quatro desovam no litoral - e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas: cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea).

 

A tartaruga verde (Chelonia mydas) está menos exposta, pois desova principalmente nas ilhas oceânicas (Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Trindade), onde a ação predatória do homem é mais controlada, o que contribui para a estabilidade da sua população.

 

De cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. São inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam juvenis e adultos. Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando-se as seguintes: aquecimento global, destruição do habitat para desova, devido a ocupação desordenada do litoral; poluição dos oceanos; e, principalmente, a pesca incidental, ao longo de todo litoral, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva.

 

 

 

 

Espécies

Desde a sua criação, o Projeto TAMAR investe recursos humanos e materiais para adquirir o maior conhecimento possível sobre a biologia das tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, priorizando pesquisas aplicadas que resolvam aspectos práticos para a conservação desses animais. Conhecidos pela grande capacidade migratória, com um ciclo de vida de longa duração, as tartarugas ainda são um mistério para pesquisadores do mundo inteiro.
Nas áreas de desova, 1.100 km de praias são monitorados todas as noites durante os meses de Setembro a Março, no litoral, e de Janeiro a Junho, nas ilhas oceânicas, por pescadores contratados pelo TAMAR, chamados tartarugueiros, estagiários e executores das bases. São feitas marcação e biometria das fêmeas, contagem de ninhos e ovos. A cada temporada, são protegidos cerca de quatorze mil ninhos e 650 mil filhotes.
Nas áreas de alimentação, o monitoramento é quase todo realizado no mar, muitas vezes junto às atividades pesqueiras. Os pescadores são orientados a salvar as tartarugas que ficam...

 

Espécies encontradas no Brasil

tartaruga

Verde ou Aruanã

Chelonia mydas

tartaruga

Cabeçuda ou Mestiça

Caretta caretta

tartaruga

de couro ou gigante

Dermochelys coriacea

tartaruga

de pente ou legítima

Eretmochelys imbricata

tartaruga

Oliva

Lepidochelys olivacea

 

Espécies não encontradas no Brasil

tartaruga

Flatback

tartaruga

Lora ou Kemps Ridley

 

 

 

Espécies-Bandeira

 

Como o urso panda e o mico leão dourado, as tartarugas marinhas são consideradas, no Brasil e no mundo, como espécie-bandeira, definição que se atribui às espécies carismáticas, que atraem a atenção das pessoas. Por isso mesmo, são usadas para difundir e massificar a mensagem conservacionista e conscientizar a opinião pública para a necessidade de proteger espécies menos conhecidas e seus habitats.

Quando as águas costeiras são protegidas da poluição e de atividades pesqueiras predatórias, de forma a garantir a sobrevivência das tartarugas marinhas, por conseqüência também estarão protegidos peixes e outros animais colocados em risco pela pesca artesanal e mais ainda pelo setor pesqueiro industrial, considerando o seu caráter intensivo. Neste contexto as tartarugas marinhas podem também ser chamadas de “guarda-chuva”.

 

 

Este procedimento favoreceu a criação de várias áreas de proteção marinhas e costeiras federais, estaduais e municipais no Brasil, beneficiando outras espécies através da proteção de seus respectivos habitats. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as reservas estabelecidas em Abrolhos, Atol das Rocas, Fernando de Noronha, em Pernambuco, Santa isabel, em Sergipe, e Comboios, no Espirito Santo.

Bandeira do desenvolvimento sócio-econômico

 

 

Porque é preciso proteger

 

Em algum momento da criação do mundo, as tartarugas marinhas receberam a seguinte missão: "Espalhem-se pelos oceanos, não escondam as suas belezas; alimentem a quem for necessário; mas não deixem de existir". Assim foi feito - e o homem não tem o direito de contrariar essa lei cósmica.



Depois de mais de 100 milhões de anos de sobrevivência e evolução, as tartarugas marinhas continuam desempenhando importante papel ecológico nos ambientes onde ocorrem - das áreas costeiras a grandes profundidades oceânicas (as chamadas regiões abissais). São fonte de alimento para predadores marinhos e terrestres, inclusive o homem, e importantes consumidores de organismos marinhos, servindo como substrato para outras espécies.

 

 

 

Como animais migratórios, as tartarugas se deslocam desde os trópicos até as regiões subpolares, transferindo energia entre ambientes marinhos e terrestres. São consideradas verdadeiros engenheiros do ecossistema, devido a sua influência e ação sobre os recifes de coral, bancos de grama marinha e substratos arenosos do fundo oceânico.

 

Importância biológica das tartarugas:
Presa e predador
Substrato de plantas e animais
Transferindo energia
Reciclagem de nutrientes
Todas as formas de vida

 

 

Rotas das Tartarugas

 

Telemetria por satélite está entre os principais estudos para conhecer melhor o ciclo de vida das tartarugas marinhas

 

O Tamar estuda desde 2001 o deslocamento das tartarugas marinhas, através do monitoramento por satélite. O objetivo de conhecer as rotas migratórias está entre as pesquisas realizadas para entender melhor o ciclo de vida e o comportamento dos animais.

 

Os primeiros resultados confirmam: os animais que ocorrem na costa brasileira nascem ou frequentam a costa de países do continente americano e africano, demonstrando que as tartarugas são um recurso natural compartilhado e demandam esforços de cooperação internacional para sua proteção.

 

Acompanhe aqui as atualizações de rotas das tartarugas monitoradas pelo Tamar e conheça um pouco mais sobre esses animais. Cada número de transmissor idetifica a tartaruga, que pode também ser acompanhada pelo site do SeaTurtle.org (em inglês).

 

Saiba mais: A Tartaruga-cabeçuda | O que é pesca incidental | O que é um transmissor por satélite e como funciona? | Por que rastrear tartarugas marinhas?

 

Transmissor n°: 96220 - Juliano

Siga a rota do Juliano, um macho de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) que agora vive saudável e livre no azul.

Última atualização: 04/09/2011

Imprensa: Veja o que saiu no Diário Catarinense sobre esse famoso viajante dos mares brasileiros.

Transmissor n°: 96219 - Martinha

 

Veja agora por onde está passando a Martinha, uma cabeçuda que vem sendo monitorada por satélite, depois de ser encontrada pelo Rei do Atum, embarcação que participou das filmagens do programa Globo Mar.

 

Última atualização: 05/09/2011

 

 

 

Origem

 

O começo do universo, da terra,
da vida e das tartarugas marinhas.

4,5 bilhões a.p.: surgimento do planeta terra.
Existem no universo milhões de estrelas e vários sistemas solares. No nosso sistema solar, uma variedade de cometas, meteoritos, asteróides e planetas se formaram. A terra, um desses planetas, surgiu há 4,5 bilhões de anos.

 

 

3,5 bilhões a.p.: primeiras formas de vida.
A atmosfera e os oceanos se formaram após um longo período de atividade vulcânica intensa, com a liberação de gases compostos, a ação da radiação solar e de descargas elétricas. Surgiram substâncias como a água, o gás carbônico, o metano e o cianeto. Juntos, eles são a essência da vida. A partir dessa combinação, há 3,5 bilhões de anos surgiram as primeiras formas de vida, simples como moléculas. 

2 bilhões a.p.: organismos multicelulares.
As primeiras moléculas evoluíram para organismos celulares que, ao se agregarem, originaram as primeiras formas de vida multicelulares, há dois bilhões de anos. Organismos fotossintetizantes apareceram e começaram a produzir oxigênio, possibilitando que a vida passasse a existir também fora da água.

 

Origem

 

550 milhões a.p.: invertebrados marinhos e vertebrados.
O aparecimento e a evolução das plantas e animais que hoje são mais familiares ocorreram nos últimos 550 milhões de anos, quando surgiram os invertebrados marinhos, seguidos dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, nessa ordem.
As mudanças nas formas dos animais e vegetais são decorrentes de mutações gênicas que possibilitam o aparecimento de novas características em seus descendentes, proporcionando novas adaptações ao meio natural. Estas adaptações são determinantes no surgimento de novas espécies melhor adaptadas e extinção daquelas menos adaptadas. Este processo é conhecido como seleção natural, conforme descrito pelo cientista inglês Charles Darwin, no século XIX,  em seu livro A Origem das Espécies.

220 milhões a.p.: primeiras tartarugas.
Os primeiros quelônios surgiram derivadas de ancestrais terrestres e passavam a maior parte do tempo na água.

 

 

150 milhões a.p.: domínio dos dinossauros.
Desenvolvendo formas de vida variadas, os dinossauros dominaram a terra há 150 milhões de anos. Nesse mesmo período, os atuais continentes se separaram e aos 110 milhões de anos surgiram as primeiras tartarugas marinhas.

65 milhões a.p.: extinção em massa dos dinossauros.
Uma série de mudanças no clima do planeta provocou a extinção em massa dos dinossauros. Mas as tartarugas sobreviveram, diferenciando-se em várias espécies. Todas, porém, mantiveram sua característica principal: o casco protetor, formado pela fusão de costelas e vértebras e coberto por placas de queratina.

 

 

Origem

 

2,5 milhões a.p.: Idade da Pedra.
Supõe-se que o homem se alimenta das tartarugas marinhas desde a Idade da Pedra, iniciada no chamado período Paleolítico Inferior, quando seus ancestrais começaram a fabricar os primeiros utensílios.

 

 

40 mil a.p.: chegada do homem à América.
Aves e mamíferos evoluíam e dominavam os ambientes aéreo e terrestre, até que, há 40 mil anos, o homem chega à América. Imagina-se que os índios no litoral brasileiro coletavam os ovos e caçavam as tartarugas que subiam à praia para desovar e as que ficavam presas nas poças d’água durante as marés baixas. O hábito era comum em diversas culturas, em todo o mundo. Mas, até então, não havia risco de extinção. porque as populações de tartarugas eram numerosas e bem distribuídas.

 

 

Origem

 

Século XV: exploração comercial.

Com o desenvolvimento do mercantilismo, a relação homem-tartaruga passou a representar um risco para esses animais. Na América, a chegada dos colonizadores a transformou em valiosa mercadoria de comércio. Os próprios índios e caboclos as matavam e vendiam. Mantendo-as vivas nos porões dos navios, garantiam carne fresca durante as longas viagens trans-oceânicas. Na Europa, eram transformadas em pratos requintados, jóias e outros ornamentos sofisticados.

 

 

Século XX: degradação dos habitats e incremento pesqueiro.

Além da caça, as tartarugas passaram a sofrer também com a perda de importantes áreas de alimentação e reprodução, devido à ocupação desordenada do litoral e à poluição marinha. O incremento da pesca industrial também acelerou o processo de redução das populações. Assim, após milhões de anos habitando os oceanos, um curto período de apenas três ou quatro séculos de exploração comercial foi suficiente para que as tartarugas marinhas passassem a correr risco de desaparecer.

 

Quelônios

 

Quelônios ou testudines são nomes que agrupam todas as formas de tartarugas identificadas no mundo. A origem desses animais não é bem conhecida, embora se saiba que tenham surgido há cerca de 220 milhões de anos, quando o planeta possuía um único super-continente chamado Pangea. Existem atualmente 13 famílias de quelônios, com 75 gêneros e 260 espécies – destes, há apenas seis gêneros com sete espécies marinhas.

São facilmente reconhecíveis por causa de sua inconfundível carapaça (casco), formada pela fusão de sua coluna vertebral achatada com as costelas. Unida ao plastrão (parte ventral do casco), a carapaça forma uma caixa óssea rígida, revestida por placas de queratina, que serve de proteção contra os predadores.

 

 


São répteis e derivaram de ancestrais terrestres. Mesmo podendo se aventurar por longos períodos no ambiente aquático respiram por pulmões e necessitam sair da água para completar seu ciclo reprodutivo, colocando seus ovos no ambiente terrestre.

Ao contrário dos répteis terrestres, que mantinham a região ventral protegida pelo contato com o solo, a seleção natural favoreceu o desenvolvimento do plastrão, em um primeiro momento, e posteriormente da carapaça, como um escudo protetor contra o ataque de predadores.

A forma dos quelônios não mudou muito no processo evolutivo. As mudanças mais significativas ao longo de milhões de anos foram a perda dos dentes (substituídos por um bico), a capacidade de retração da cabeça e membros para dentro da carapaça e a adaptação dos membros conforme o tipo de ambiente.

 

 

Quelônios

 

Fóssil mais antigo encontrado no Ceará

As tartarugas marinhas existem há pelo menos 110 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do clima no planeta até hoje. O fóssil mais antigo conhecido foi encontrado no Brasil, em Santana do Cariri, Chapada do Araripe, no interior do Ceará. Este fóssil, batizado de Santanachelys gaffney, apresentava membros semelhantes aos das atuais tartarugas de água doce.

Entretanto, a presença de uma grande cavidade orbital (espaço do crânio ocupado pelos olhos), semelhante à das tartarugas marinhas de hoje, levam a crer que aquele animal já possuía, logo atrás dos olhos, as glândulas de sal responsáveis pela excreção do excesso de sal ingerido durante a alimentação.

 

 


O surgimento dessas glândulas possivelmente aconteceu antes da adaptação dos membros - pulso e dedos se alongaram, transformando-se em eficientes nadadeiras. Além de possibilitarem locomoção mais eficiente, na praia as tartarugas usam as nadadeiras para cavar a areia e fazer o ninho.

Além das glândulas de sal e da formação das nadadeiras, a carapaça das tartarugas marinhas também passou por adaptações: tornaram-se mais curtas e achatadas, ganhando um formato hidrodinâmico que facilita a movimentação no mar. Mas, com a carapaça menor, perderam a capacidade de ocultar a cabeça e os membros, como faziam seus ancestrais e como fazem até hoje as tartarugas de água doce e terrestres.

 

Classificação

 

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Nesta Classe estão inseridas serpentes, lagartos, tuataras, crocodilos e tartarugas. A temperatura corporal dos répteis varia de acordo com o ambiente. Todos possuem coluna vertebral, pele coberta por escamas e respiração pulmonar. A maioria possui coração com três cavidades e colocam ovos.

Ordem: Testudines
Nesta Ordem estão incluídas todas as tartarugas (marinhas, terrestres e de água doce), sendo dividida em três subordens: Pleurodira (tartarugas com retração lateral do pescoço para dentro do casco); Cryptodira (tartarugas com a retração da cabeça, escondendo o pescoço dentro do casco, acompanhando a linha da coluna vertebral; Amphichelydia (todas as espécies extintas).

Subordem: Cryptodira
Nesta estão inclusos jabutis, tartarugas de água doce e tartarugas marinhas.

Família: Cheloniidae e Dermochelyidae
As tartarugas marinhas podem pertencer a duas famílias: Cheloniidae e Dermochelyidae. A família Cheloniidae inclui seis espécies de tartarugas marinhas, com carapaça coberta por placas. A família Dermochelyidae inclui somente a tartaruga de couro que, em vez de uma carapaça coberta por placas, possui pele semelhante a couro.

 

 

 

Legislação

 

No Brasil, a Portaria do Ibama, nº. 1.522, de 19/12/89, é o instrumento legal em vigor que declara as tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Foi redigida com base na lista mundial de espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), da qual fazem parte as sete espécies de tartarugas marinhas. As cinco espécies que ocorrem no Brasil também integram a lista brasileira, desde a primeira publicação até a mais recente atualização, realizada em 2008. Os Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo também incluíram as tartarugas marinhas em suas listas locais de espécies ameaçadas.

Para os casos de práticas ilegais como captura, matança, coleta de ovos, consumo e comércio de produtos e sub-produtos de tartarugas marinhas são aplicadas as sansões e penas previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998) e no Decreto nº 3179, de 21 de setembro de 1999.

Também como forma de proteger as tartarugas marinhas, a Instrução Normativa nº 31, do Ministério do Meio Ambiente, de 13 de dezembro de 2004, determina a obrigatoriedade do uso de dispositivos de escape de tartarugas (TED) nas embarcações utilizadas na pesca de arrasto de camarões.

 

A Instrução Normativa nº 21, do Ibama, de 30 de março de 2004, proíbe a pesca do camarão, entre o norte da Bahia e a divisa de Alagoas e Pernambuco, no período de 15 de dezembro a 15 de janeiro de cada ano. O objetivo é proteger as tartarugas oliva, que nessa época estão no pico da temporada reprodutiva. A instrução foi elaborada com  a participação dos pescadores que atuam na pesca de arrasto de camarão.

Há também diversas leis estaduais que regulamentam aspectos específicos relacionados à proteção das tartarugas marinhas, como iluminação artificial (Portaria do IBAMA nº 11, de 31/1/1995) e trânsito de veículos nas praias (Portaria do IBAMA nº 10, de 30/1/1995).

O Brasil é signatário de vários tratados e acordos internacionais, inclusive da Convenção Interamericana para Conservação das Tartarugas Marinhas, que ajudou a criar. É um tratado que já conta com 13 países e contempla exclusivamente medidas de conservação destas espécies e dos habitats dos quais elas dependem. O Decreto Federal no 3.842, de 13 de junho de 2001, confirma que o disposto na Convenção Interamericana deve ser executado e cumprido no Brasil.